As Plataformas Tecnológicas Europeias têm por objetivo elaborar estratégias para os domínios nos quais o crescimento, a competitividade e a sustentabilidade futuros dependem de avanços tecnológicos decisivos. Estas plataformas reúnem todos os atores relevantes de determinada área, sob liderança da indústria, para definir os objetivos de investigação e de desenvolvimento tecnológico a médio e longo prazo e estabelecer as diretrizes para a sua concretização. As Plataformas Tecnológicas Europeias tentam igualmente contribuir para uma melhor articulação entre as prioridades de investigação da União Europeia e as necessidades da indústria.
As Plataformas Tecnológicas com maior relevância no setor das TIC são:
Espera-se fundadamente, na UE, que a percentagem do valor dos componentes eletrónicos incorporados no valor do produto final aumente significativamente em áreas como a Automação Industrial, Telecomunicações, Produtos Eletrónicos de Consumo e Casas Inteligentes e Equipamento de Saúde/Médico.
O relatório ‘ITEA Artemis-IA High Level Vision 2030 – Opportunities for Europe” cunhou o termo “Tecnologia Digital” de forma a englobar os conceitos de hardware, software, serviços de TI, TI interna e software incorporado. Recomenda-se uma abordagem equilibrada à inovação em matéria de eletrónica e software, refletindo a distribuição de emprego no âmbito da Tecnologia Digital.
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A EUROP, é uma estrutura orientada para a indústria concebida para que as partes interessadas na área da robótica reforcem a competitividade da Europa na área da I&D, bem como nos mercados globais e para que melhorem a qualidade de vida.
A Plataforma Tecnológica Europeia de robótica visa mobilizar todos as partes interessadas neste domínio, incluindo a indústria de robótica, investigadores e investidores públicos e privados, a fim de manter a posição de liderança da Europa na robótica industrial e a alargá-la a novas aplicações (serviços profissionais, serviços domésticos, segurança e robótica espacial).
A agenda estratégica de investigação coloca a tónica nas seguintes aplicações: robots de trabalho, de logística, de investigação e vigilância, exploração e inspeção e robots de “eduentretenimento”. Encontra-se em processo de revisão no âmbito da EURobotics AISBL, organização que surgiu em Setembro de 2013.
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Reconhece-se, na UE, que a Computação de Alto Desempenho é um elemento essencial para a ciência, tecnologia e negócios. Os progressos efetuados nesta área têm benefícios diretos e mensuráveis que abordam grandes desafios societais, melhoram as economias nacionais e aumentam a competitividade global.
O Documento Prospetivo desenvolvido no âmbito da plataforma recomenda dar prioridade à investigação nas seguintes tecnologias inovadoras: evolução na arquitetura; computação de alto desempenho (HPC) com enfoque na energia; Extreme parallelism (desenvolvimento simultâneo de hardware, software e capacidade de armazenamento); paradigmas de programação, algoritmos, bibliotecas e compiladores HPC; Resiliência; software de sistema; desenvolvimento I/O e armazenamento com processamento; novas soluções de armazenamento para big data; evolução dos volumes de trabalho HPC.
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O Mercado de serviços TI está mudar de forma radicalmente devido à seguinte série de desafios:
- Um ritmo de mudança cada vez mais rápido devido à globalização e à inovação tecnológica;
- Uma transição contínua para soluções cada vez mais personalizadas;
- Uma mudança importante para sistemas críticos que funcionam 24/24;
- Novas necessidades dos utilizadores finais;
- A emergência do software de código aberto.
- Fornecer soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios societais em áreas como a energia, mobilidade, saúde e segurança;
- Fortalecer as secções da cadeia de valor nas quais a Europa pode ganhar competitividade mundial e assegurar novos segmentos do mercado através da diferenciação;
- Possibilitar um nível adequado de capacidade de fabrico avançado de CMOS (semicondutor metal-óxido complementar) na Europa;
- Promover o desenvolvimento de locais de produção europeus no âmbito do programa More-than-Moore e de fundições europeias nas mais avançadas áreas do mercado.
A Iniciativa NEM visa construir uma liderança europeia sustentável na produção de conteúdos e tecnologias de estabelecimento de redes.
Tem por objetivo promover uma abordagem europeia inovadora à convergência dos media e das telecomunicações para a Future Media Internet.
“Big and Open Data” é um dos temas mais controversos a nível europeu na área das TIC. Isto, juntamente com o facto de se tratar do relatório surgido mais recentemente no âmbito da iniciativa, leva a que aborde, abaixo, essa matéria.
No relatório podem identificar-se dois tipos de conclusões: aquelas que têm que ver com especificidades de caráter mais técnico e aquelas que têm que ver com desafios societais.
Especificidades de caráter técnico
O relatório conclui que, no que concerne a gestão de dados e a sua análise, existe a necessidade de uma gestão de dados e infraestrutura de análise flexível e fiável, determinando-se certas caraterísticas específicas para o efeito.
Desafios Societais
Recomenda-se o desenvolvimento de novos métodos de análise de dados mais acessíveis, bem como mais open data/dados de acesso livre com vista a obter um elevado impacto societal dotando a indústria e a academia de capacidades de aplicação do big data no domínio das ciências sociais, apoiando a renovação científica;
No que concerne os aspetos relacionados com a privacidade, considerou-se existir uma enorme necessidade de desenvolvimento de ferramentas adequadas a qualquer utilizador (utilizadores finais ou organizações) para retirar de forma exaustiva quaisquer dados armazenados na nuvem/cloud (centros de dados).
Relativamente ao Open data, aponta-se que vários estudos societais terão que se realizados de forma a criar um ambiente consistente. O Open data deve ser proveniente de diferentes fontes tais como dados públicos, pessoais e empresariais. De acordo com o relatório, estes três setores têm de ser estudados de forma a encontrar pontos em comum e especificidades do ponto de vista social. Além destes, o open data deve ter origem em dados estatísticos e dados obtidos em tempo real. Considera-se, então, que deve ser dada prioridade à investigação destas matérias.
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- Entender a visão centrada em sistemas do mundo de amanhã.
- Aproveitamento, exploração e utilização das capacidades atuais (técnicas e intelectuais).
- Melhorar a competência europeia na gestão do conhecimento e gestão de meta dados.
- O estabelecimento de cenários para a evolução atual do produto/tecnologia (hardware e software), assim como para aplicações futuras.
- Traduzir a visão de Sistemas Inteligentes Integrados e cenários de produto/tecnologia em agendas de investigação comuns.
- Novas tecnologias de integração, novos materiais, novas tecnologias de embalagem para integração de sistemas, testes, design, etc., como base para novos produtos e métodos de produção.
- Problemas de fabrico para a indústria europeia: conceção e conceitos de fundição para microssistemas, bem como processos de nano-partículas e questões de embalagem ou back-end, incluindo equipamentos para o fabrico de MNT, metrologia e caracterização.
- Acesso "aberto" compartilhado a excelentes, embora dispersas, estruturas de investigação: estratégia europeia para a gestão da infraestrutura de pesquisa distribuída.
- A normalização dos processos, interfaces e ferramentas.
- Implementação da Proteção dos Direitos de Propriedade Intelectual
- Desenvolvimento de recursos multidisciplinares humanos, competências e mobilidade flexível na Europa
- Redução das barreiras entre novos e antigos Estados-Membros e países candidatos à UE e melhorar a coordenação, comunicação e informação.
- Ecossistemas de Investigação e Inovação - sistemas integrados inteligentes emergentes e/ou tecnologias de integração de sistemas inteligentes.
- Maior consciencialização pública, aceitação e adesão.
- Preparação contra mudanças tecnológicas perturbadoras e promoção da concorrência e comercialização dos resultados da investigação, considerando o papel das PME na cadeia de abastecimento.
- SatComs (comunicações via satélite) de acesso de banda larga de altíssima velocidade em conjunção com redes wireless e em fibra.
- SatComs reconfiguráveis, resilientes e com conetividade de banda larga segura para suportar as necessidades de telecomunicação profissionais e institucionais (por exemplo, redes de comunicação privadas, redes de retorno, conectividade Backbone, segurança pública).
- Integração/hibridação de SatComs futuras com redes terrestres futuras com vista a atingir o objetivo de uma economia sustentável e eficiente.
- Serviços de transmissão avançados, que suportem de forma eficiente a qualidade de vídeo escalável (3D/HDTV/SDTV), mobilidade e conectividade.
- Taxa de serviço inferior, transmissão de dados mais alta.
- Configuração fácil e operação de terminais energeticamente eficientes.
- Plataforma aberta que possibilite uma interoperabilidade perfeita do serviço com redes terrestres futuras.
- Resiliência, segurança e flexibilidade.
- Exploração de melhorias significativas das redes wireless.
- Novas tecnologias de rádio no âmbito dos sistemas 5G.
- A integração completa entre a radiodifusão móvel e as comunicações de banda larga móvel.
- Convergência de redes wireless e óticas.
- Um repensar fundamental sobre o que constitui um router ótico e as suas arquiteturas.
- Iniciar a atividade de definição, especificação e desenvolvimento de redes de emergência.
- Criação de mecanismos automatizados de coordenação entre a rede, os centros de dados e domínios dos serviços.
- O desenvolvimento da infraestrutura futura da internet com uma capacidade multi-terabit.
- Novos processos de fabrico com qualidade extraordinária que permitirão a massificação da personalização e uma produção sem falhas.
- Novas abordagens radicais aos cuidados de saúde, passando da atual abordagem de custo elevado, de tratamento após o aparecimento da doença, para a deteção e prevenção da doença o mais cedo possível.
- A transição da tecnologia tradicional em matéria de iluminação para baixos consumos de energia, tecnologia digital, construída em torno de LED, OLED, sensores e inteligência baseada em microprocessadores.
- A deteção e captação de imagens via fotónica contribuirá para um ambiente mais ecológico através da deteção avançada de poluição e permitindo níveis mais elevados de proteção e segurança.
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